domingo, 29 de dezembro de 2019

MEU TIME DE BOTÃO: Stars Futebol de Mesa


Por Constâncio Moura

Meu nome é Constâncio Alberto Issas Moura, tenho 42 anos, nasci e moro em São José do Rio Preto - SP. Pratico o futebol de mesa na modalidade 3 toques (regra carioca) desde 1993. Meu time personalizado se chama Stars Futebol de Mesa, e atualmente jogo pela equipe do União Independente de Bilac – SP.
Um breve histórico sobre mim e o futebol de mesa.
Minha lembrança mais antiga do “jogo de botão”, na época do famoso Estrelão, é com cinco anos de idade, em 1982, quando meu tio Ronaldo me explicava como se jogava em uma mesa de centro de sala. Desde então passei a colecionar times e jogava com os colegas do bairro no piso vermelhão das varandas, garagens ou escondidos nas mesas das cozinhas das mães. Realizávamos vários torneios no bairro até que em março de 1993, aos 15 anos, um dos colegas de Estrelão, o Fabinho (Fábio Renato Ferrini – falecido em 2004), primo do Aguinaldo Affini, me disse que seu primo havia montado um clube de botão profissional, o clube Capitão, e me chamou para conhecer. Na semana seguinte fui conhecer o clube.

O primeiro jogo da regra 3 toques que assisti logo na chegada foi entre Alcides e José Luís (Jota), Alcides então tricampeão rio-pretense, e a primeira pessoa que chegou em mim e me incentivou e explicou mais ou menos sobre a regra foi o Emerson. A partir daí me filiei e passei a frequentar e jogar pelo Capitão. Meu primeiro time comprei do Emerson, era um time todo branco, o qual decorei com o escudo do Corinthians, meu time de coração, e esse time se chamava “Campeões de 90”, homenagem ao Corinthians campeão brasileiro de futebol em 1990.
No mesmo ano (1993) o Capitão tinha um número bem alto de botonistas filiados e principalmente de iniciantes, isso ajudava muito no crescimento dentro da regra, já que havia muita rivalidade entre os garotos. Uma pessoa muito importante para mim e para vários desses iniciantes na época foi o Emerson, meu professor e grande amigo até hoje, que com muita paciência e dedicação explicava a regra e dava dicas de jogo.

No final de 1993 o Capitão ficou por um mês com mesas montadas num shopping da cidade promovendo o esporte. Eu fui jogar todos os dias. Alguns torneios foram realizados nesse período, o mais importante foi um desafio entre as equipes do Capitão contra a equipe de Campinas, o time dos “Castilhos”, na época entre os melhores do Brasil. Como a equipe de Campinas veio com um integrante a menos, eu fui escolhido para completar a equipe. Claro que perdi todas as partidas, mas foi um torneio de grande enriquecimento para mim. O outro torneio que ocorreu envolvia apenas os novatos na regra, jogávamos apenas um tempo devido à grande quantidade de inscritos. Esse torneio eu ganhei e foi meu primeiro troféu.

Nos anos seguintes fui evoluindo e dando trabalho para muitos veteranos, mas como tudo na vida tem suas fases, a minha fase de universitário havia chegado. Entre 1996 e 1999 me afastei muito e joguei muito pouco, mas sempre mantendo contato com o pessoal do Capitão. Em 1999 voltei a jogar. Nessa época, os clubes de São José do Rio Preto (Capitão, Palestra, América e Rio Preto) passaram a jogar todos no mesmo local, uma forma de fortalecer o esporte na cidade. Nesse retorno as mesas fui jogar pelo Rio Preto Esporte Clube, onde fiquei nos anos de 1999 e 2000, e foi aí que surgiu a ideia de criar e ter o meu time personalizado, o STARS FUTEBOL DE MESA, uma alusão aos filmes de Star Wars, dos quais sou fã e de colocar o nome dos jogadores de estrelas e constelações, já que como estudante de Geografia, as aulas de astronomia ainda estavam bem frescas na cabeça. Outra característica do Stars são suas cores, uniforme listrado em azul e preto, muito parecido com a camisa do time da Inter de Milão. Apesar destas serem as cores oficiais atuais, o Stars mudou várias vezes de cara, já foram times de cor verde, azul marinho, branca até a atual versão na cor preta, sendo assim desde 2005.
No ano de 2001 voltei a vestir a camisa do Capitão. Em 2003 e 2004 obtive as primeiras grandes conquistas: o bicampeonato paulista individual. Nos anos seguintes vieram o primeiro rio-pretense em 2005, o tricampeonato paulista em 2008, o bicampeonato rio-pretense em 2010 e minha maior conquista por equipes, o Brasileiros Interclubes de 2010, agora jogando pela equipe do América. Depois, ainda conquistei o campeonato paulista em 2015 e 2018, o tricampeonato rio-pretense em 2017 e fui campeão da Taça São Paulo em 2018.
Nos últimos anos, mais velho, mais experiente e bem mais tranquilo, conquistei meus melhores resultados nas mesas. O ano de 2017 foi muito marcante para mim, foram nove títulos em torneios internos da Liga Rio-pretense e Regional de Futebol de Mesa, incluído o Ranking anual da Liga.

Hoje o futebol de mesa me proporciona momentos de grande alegria, amizade e companheirismo, tanto aos sábados, quando nos reunimos para jogar em Rio Preto, ou quando viajamos para torneios pelo Brasil.
A escalação do Stars é:
1. Antares, 2. Andrômeda, 3. Taurus, 4. Centaurus, 5. Vega, 6. Sirius, 7. Gêminis, 8. Áries, 9. Draco, 10. Áquila, 11. Órion, 12. Cetus, 13. Cânis, 14. Pégasus, 15. Scórpius, 16. Phoenix, 17. Capela, 18. Monóceros, 19. Lepus, 20. Lupus, 21. Virgo, 22. Polaris, 23. Rigel, 25. Arcturus, 26. Aldebaran, 27. Pollux, 28. Betelgeuse, 29. Crux e 30. Constantius.




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