Por Constâncio Moura
Meu nome é Constâncio Alberto Issas Moura, tenho
42 anos, nasci e moro em São José do Rio Preto - SP. Pratico o futebol de mesa
na modalidade 3 toques (regra carioca) desde 1993. Meu time personalizado se
chama Stars Futebol de Mesa, e atualmente jogo pela equipe do União
Independente de Bilac – SP.
Um breve histórico sobre mim e o futebol de mesa.
Minha lembrança mais antiga do “jogo de botão”, na
época do famoso Estrelão, é com cinco anos de idade, em 1982, quando meu tio
Ronaldo me explicava como se jogava em uma mesa de centro de sala. Desde então passei
a colecionar times e jogava com os colegas do bairro no piso vermelhão das
varandas, garagens ou escondidos nas mesas das cozinhas das mães. Realizávamos
vários torneios no bairro até que em março de 1993, aos 15 anos, um dos colegas
de Estrelão, o Fabinho (Fábio Renato Ferrini – falecido em 2004), primo do
Aguinaldo Affini, me disse que seu primo havia montado um clube de botão
profissional, o clube Capitão, e me chamou para conhecer. Na semana seguinte
fui conhecer o clube.
O primeiro jogo da regra 3 toques que assisti logo
na chegada foi entre Alcides e José Luís (Jota), Alcides então tricampeão
rio-pretense, e a primeira pessoa que chegou em mim e me incentivou e explicou
mais ou menos sobre a regra foi o Emerson. A partir daí me filiei e passei a
frequentar e jogar pelo Capitão. Meu primeiro time comprei do Emerson, era um
time todo branco, o qual decorei com o escudo do Corinthians, meu time de
coração, e esse time se chamava “Campeões de 90”, homenagem ao Corinthians
campeão brasileiro de futebol em 1990.
No mesmo ano (1993) o Capitão tinha um número bem
alto de botonistas filiados e principalmente de iniciantes, isso ajudava muito
no crescimento dentro da regra, já que havia muita rivalidade entre os garotos.
Uma pessoa muito importante para mim e para vários desses iniciantes na época
foi o Emerson, meu professor e grande amigo até hoje, que com muita paciência e
dedicação explicava a regra e dava dicas de jogo.
No final de 1993 o Capitão ficou por um mês com
mesas montadas num shopping da cidade promovendo o esporte. Eu fui jogar todos
os dias. Alguns torneios foram realizados nesse período, o mais importante foi um
desafio entre as equipes do Capitão contra a equipe de Campinas, o time dos “Castilhos”,
na época entre os melhores do Brasil. Como a equipe de Campinas veio com um
integrante a menos, eu fui escolhido para completar a equipe. Claro que perdi
todas as partidas, mas foi um torneio de grande enriquecimento para mim. O
outro torneio que ocorreu envolvia apenas os novatos na regra, jogávamos apenas
um tempo devido à grande quantidade de inscritos. Esse torneio eu ganhei e foi
meu primeiro troféu.
Nos anos seguintes fui evoluindo e dando trabalho
para muitos veteranos, mas como tudo na vida tem suas fases, a minha fase de
universitário havia chegado. Entre 1996 e 1999 me afastei muito e joguei muito
pouco, mas sempre mantendo contato com o pessoal do Capitão. Em 1999 voltei a
jogar. Nessa época, os clubes de São José do Rio Preto (Capitão, Palestra,
América e Rio Preto) passaram a jogar todos no mesmo local, uma forma de
fortalecer o esporte na cidade. Nesse retorno as mesas fui jogar pelo Rio Preto
Esporte Clube, onde fiquei nos anos de 1999 e 2000, e foi aí que surgiu a ideia
de criar e ter o meu time personalizado, o STARS FUTEBOL DE MESA, uma alusão
aos filmes de Star Wars, dos quais sou fã e de colocar o nome dos jogadores de
estrelas e constelações, já que como estudante de Geografia, as aulas de
astronomia ainda estavam bem frescas na cabeça. Outra característica do Stars
são suas cores, uniforme listrado em azul e preto, muito parecido com a camisa do
time da Inter de Milão. Apesar destas serem as cores oficiais atuais, o Stars
mudou várias vezes de cara, já foram times de cor verde, azul marinho, branca
até a atual versão na cor preta, sendo assim desde 2005.
No ano de 2001 voltei a vestir a camisa do Capitão.
Em 2003 e 2004 obtive as primeiras grandes conquistas: o bicampeonato paulista
individual. Nos anos seguintes vieram o primeiro rio-pretense em 2005, o
tricampeonato paulista em 2008, o bicampeonato rio-pretense em 2010 e minha maior
conquista por equipes, o Brasileiros Interclubes de 2010, agora jogando pela
equipe do América. Depois, ainda conquistei o campeonato paulista em 2015 e
2018, o tricampeonato rio-pretense em 2017 e fui campeão da Taça São Paulo em
2018.
Nos últimos anos, mais velho, mais experiente e
bem mais tranquilo, conquistei meus melhores resultados nas mesas. O ano de 2017
foi muito marcante para mim, foram nove títulos em torneios internos da Liga
Rio-pretense e Regional de Futebol de Mesa, incluído o Ranking anual da Liga.
Hoje o futebol de mesa me proporciona momentos de
grande alegria, amizade e companheirismo, tanto aos sábados, quando nos
reunimos para jogar em Rio Preto, ou quando viajamos para torneios pelo Brasil.
A escalação do Stars é:
1. Antares, 2. Andrômeda, 3. Taurus, 4. Centaurus,
5. Vega, 6. Sirius, 7. Gêminis, 8. Áries, 9. Draco, 10. Áquila, 11. Órion, 12.
Cetus, 13. Cânis, 14. Pégasus, 15. Scórpius, 16. Phoenix, 17. Capela, 18.
Monóceros, 19. Lepus, 20. Lupus, 21. Virgo, 22. Polaris, 23. Rigel, 25.
Arcturus, 26. Aldebaran, 27. Pollux, 28. Betelgeuse, 29. Crux e 30.
Constantius.
Seus títulos mostram o grande campeão que você é.
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