sábado, 4 de janeiro de 2020

MEU TIME DE BOTÃO: Mão Branca, de Ésio Buarque


Ésio Buarque da Silva Gusmão, Ésio Buarque, ou “Seu Ésio”, nasceu em Leopoldina (AL) em 24 de fevereiro de 1936 e nos deixou em 4 de julho de 2011.
Criado em Recife (PE), começou no futebol de mesa aos dez anos de idade, juntamente com seus irmãos Edir, Jean (pai dos botonistas Jan e Jean Junior), primos e amigos do bairro onde residia na capital pernambucana.
Os primeiros botões, apesar de admitir ter levado umas boas sovas de sua mãe, eram retirados de grandes casacos. As bolas eram de esferas de rolamento de veículos (tamanho médio), os goleiros caixas de fósfora com uma pequena lâmina de chumbo em seu interior, embrulhados em papel de seda. Em cada quintal se fazia campos de cimento, pintados de verde, marcados com listras de cor branca. O tempo de jogo era estipulado de acordo com o número de jogadores.
Seu Ésio nunca foi muito assíduo a torneios e campeonatos, principalmente os realizados fora de Sobradinho, onde, depois que criou o Serrano, em 1980, passou a trabalhar mais como organizador e mantenedor do que como jogador. Também foi, por muitos anos, sócio do nosso saudoso amigo Paulo Sérgio Nader na administração da Clínica Leãozinho.
Ainda assim, as poucas vezes que jogou, o fez com o time do Mão Branca.
Para quem não sabe, Ésio Buarque era policial civil. Mão Branca era um grupo de policiais que exterminavam bandidos na década de 80, em Campina Grande (PB). Se tratavam como justiceiros e tinha opinião da população dividida devido a crueldade das mortes. Já naquela época, a gíria “mão branca” servia para se referir a policiais no geral.
O Mão Branca Futebol de Mesa era formado por policiais e também por perigosos “marginais” do Brasil: 1. Kojak, 2. Brucutu, 3. Gengivan, 4. Tim Branco, 5. Tatuagem, 6. Zeca Diabo, 7. Doca Street, 8. Babãozinho, 9. Gregorinho, 10. Lúcio Flávio, 11. Mariel Mariscot, 12. Nijini (irmão de Lúcio Flávio), 13. Esinho, 14. Seu Popó e 15. Guzula.



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